sexta-feira, 17 de outubro de 2008

30


Eu continuo sem tempo para atualizar isso aqui - e meio sem saco. Mas, a quem interessar possa...


estou perdendo um amor. o amor mais bacana da minha vida.


Continuo depois.

domingo, 14 de setembro de 2008

Shangri-lá


A tecnologia a favor, criando, criando, criando...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Só tentando me atualizar


Ha.

O Paulo Silvino tenta me fazer rir diante de um entrevitador estrela que tenta ser humilde e não consegue. E eu escuto.

A Madonna vai vir ao Rio, fazer um show extra, inclusive, e cobrar muitos dinheiros de quem gosta dela.

Acho esquisito cobrar ingressos acima de um salário mínimo - e o pior é que tem gente que paga. Essas pessoas sabem o valor de R$ 600 no nosso país? É mais que um salário mínimo!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Prefiro gastar R$150 no LCD Soundsystem, que fazem show foda com um valor mínimo - porém caro - para pagar as despesas para 50 pessoas numa casa vazia...Ainda bem que vem o R.E.M. ...

Morre Waldick Soriano. Morre Fernando Torres. E a Hebe? E seu Sílvio?
E o pior de tudo é que a mãe da Gabriela morreu. E eu só li uma notinha on-line. Chorei por isso.

Descobri que meu chefe é tarado. E pode querer algo comigo.

Baixei novos sons mas não direi quais são para não haver julgamento - mas digo que me surpreendi com um pedacinho de show que vi do MGMT.

Prestes a conhecer o Brasil por causa de trabalho, penso em não voltar para casa.

Nada demais, só não gosto de cotidiano.

Amanhã vou pra Angra. Adoro me hospedar em hotéis.

Lembrei de uma belíssima música....

Vi filmes para compensar o atraso cultural de meses.

Não vejo amigos que amo há dias. E continuo os amando.

Isso, só porque trabalho muito.
Azar o meu.

Mas nada supera a saudade que sinto da tua companhia e do teu abraço.

Já disse...isso deve ser amor.



Até quando vou aguentar?






domingo, 17 de agosto de 2008

Audição

, eu lhe digo que você é a perfeição que me faz ter em mente as palavras que saem sem controle e desordenadamente e me fazem parecer uma pessoa melhor por parecer uma pessoa mais ridícula e tola e infantil diante de sua sabedoria e sabevivência superior e admirável e invejável

eu sinto a penugem sinto forte o cheiro de sua nuca sinto que quero você perto e me abraçando e me cheirando e me devolvendo um amor que talvez eu nunca tenha lhe dado ou demonstrado suficientemente o bastante para que você se sentisse segura e mais forte já que somos uma força invencível juntos,

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Sem tempos


Sem tempo pra ter. Sem meios pra ter. Sempre ter o que se quer.

Não há tempo pra escrever. Não há tempo para ser. Não há tempo para viver.

Há sim, muita coisa pra correr. Muita coisa pra não ter. Muita coisa pra deixar correr pra longe de você.

Há não.

Há como aprender.

Há tão ver.

Há sim, há o que se ver.

Mas de longe, pois ter em mãos...isso foi há tempos.

Ainda há tempo para não ter. Há muito o que se perder.

Há de ter.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Uns minutos no Paraíso e alguns decibéis acima do cotidiano

Não é o Daft Punk - mas poderia ser pelas notas espaciais, pelos efeitos especiais e pela animação e resolução digitais.
Não é o Kraftwerk - mas poderia ser pela tecnologia a favor da música.
Não é o Radiohead - mas poderia ser pela inspiração vocal (eu diria até espiritual).
Não é o Queen - mas poderia ser pela grandiosidade e megalomania nada gratuitas.

Esse é o problema: poderia ser um monte de coisa e é só uma. E os fãs deles dizem muito isso -uma heterogeneidade que me surpreendeu.

Show do ano, de cara.

É o Muse.
Uma banda inglesa que tacou fogo nos meus ouvidos há uns 5 anos atrás - e me tirou do emprego e do cotidiano chatinho por detrás de uma mesa de escritório.
Só por isso já seria especial na minha discoteca vital. Mas eles são bons quando outros não são. Enquanto meia dúzia de banda tenta ser algo gigante e alcançar o Olimpo, o Muse chega como não quer nada e nos dá o Olimpo - suas músicas são capazes de nos jogar em tempos imemoriais, em espaços reconhecidamente desconhecidos e em viagens alucinantes e lisérgicas sem precisar recorrer à indústria pseudo-farmacêutica.

Fica a dica: ouça "Time is running out". Ouça "Knight of Cydonia". Ouça "Take a bow". Ouça "Sing for Absolution". Ouça "Hysteria". Ouça "Sunburn". Ouça "Plug in baby". Ouça "Supermassive Black Hole"... se bem que essa você já deve ter ouvido. E dançado.

O início da noite perfeita

Já contei como o rock é a base para histórias de amor? Um dia eu conto.

Show perfeito


"Knights of Cydonia"

Esse foi o melhor início de um dos melhores shows que já assisti, de uma das minhas bandas preferidas. Perfeitos na apresentação, nas músicas, na eficiência e no barulho.

Arte boa é isso aí.

Não liguem para o tremor da imagem (o coração estava ainda pior...).

Time is running out, my friends...basta querer acordar e aproveitar.

Ainda dá tempo, manés.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Trabalho bom


...sorte descobrir (quatro) pessoas, (mil) caminhos e (infinitas) possibilidades...

Um dia sem amigos

No dia em que eu morrer, quero voltar para o meu funeral.
E quero que tenha muita gente feliz e que mais felizes ainda estejam os meus amigos.
Volto com sorriso de verdade, com a alma leve, com muita alegria, muita saudade e com a sensação de dever cumprido.
Afinal, é o meu fim e meu início.
Fim desta vida, que só soube viver na companhia de amigos, começo de outra, distante deles.
É.
A-mi-gos.

Existe um zilhão de clichês para se falar da amizade: em forma de prosa, de poesia, de música e piada.
Existe até o da pieguice que enche a boca para falar que "você é meu amigo de verdade" ou "você é meu melhor amigo". Não, não...tem melhor: "seremos amigos pro resto da vida".

Amigo de verdade. Amigo de verdades. Amigos até o fim, na verdade.

O que seria de mim sem meus amigos? Como teria sobrevivido sem eles?
Vejo e reconheço que tudo o que tenho, por mais distante que eu esteja da lembrança inicial deste tudo é DEVIDO aos amigos.
Amigos você faz mas também cria (lembrei de outra máxima: "amigo você não faz, você reconhece") e cuida - como se fosse alguém de sua família (e não é?)

E quando me perguntarem se o que valeu a pena foi ter feito amizades vou me ofender e brigar dizendo que SÓ valeu viver por isso!

Mesmo sem saber se meus amigos me amam (e alguns não amam); mesmo amando-os de forma egoísta e ciumenta (e o faço); mesmo errando na forma de ser amigo (e fazemos); mesmo confundindo os sentimentos e sentindo ódio, inveja, amor, paixão, ciúmes (e talvez por isso mesmo) vou declarar que vivi esta vida para ter amigos.

Não sei se sou um bom amigo. Não sei se sei ser amigo. Não sei se sou amigo.
Não sei onde começa uma amizade e onde termina um amor.
Não sei se é só amizade quando amo. Não sei se meu amor é só amizade.
Não sei quantos amigos eu tenho. E números não são importantes quando se fala de amizade, aprendi.

Escolhi que na minha vida não vai faltar essa palavra: amigo.
Assim como escolhi como verdade que a amizade é o único sentimento que comporta amor, paixão, tesão, companheirismo e tudo o que isso acarreta de bom e ruim.
E que é isso que move a vida.

Então quando eu morrer vou lembrar de todos eles e vou chorar de saudade de todos eles.
Quando ouvir as músicas que me levarem para longe desta vida e perceber que eles estão se divertindo ou sofrendo, vou estar com eles lembrando e revivendo as loucuras, os beijos, os abraços (os abraços!), as confissões, as conversas, as brigas, os choros, as porradas, as canções.

Amigos você pode contar em uma mão.
Mas, mesmo assim, com um pé atrás. Afinal, você trai e é traído por amigos.
E nem percebe o quão tolo é por, às vezes, se importar com bobagens que só acontecem por haver a tal da amizade.
Você perdoa um deslize mesmo tendo jurado que "aquilo foi a gota d'água!" e que "nunca mais fala com ele".
Você é infantil a esse ponto, mas só percebe depois que é sempre muito bom voltar a ser criança com os amigos.

No dia em que eu morrer vou voltar para os amigos como lembrança.
E quero morrer antes deles.
Antes que eles me façam sentir saudades.
Saudades de instantes vividos ao lado deles.
E vou perceber que todos esses instantes só foram assim por eles estarem do meu lado.
E eu que não acredito na felicidade vou concordar que ela também cabe ao lado de amigos.

P.S.: Relendo este post, percebi que há uma constância das palavras amizade, verdade, saudade e felicidade. Foi sem querer, mas deve querer dizer alguma coisa.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Somewhere only we know - de Tim Rice-Oxley, Tom Chaplin, Richard Hughes (Keane)

Eu andei por uma terra desabitada.
Eu conhecia o caminho como a palma da minha mão.
Eu senti a terra sob meus pés.
Eu sentei ao lado do rio e ele me completou.

Coisa simples por onde você tem andado.
Estou ficando velho e preciso de algo em que confiar.
Então me fala quando você vai me deixar entrar.
Estou ficando cansado e preciso de algum lugar para começar.

Encontrei por acaso uma árvore caída.
Senti seus ramos olhando para mim.
Esse é o lugar que nós costumávamos amar?
Esse é o lugar com o qual eu tenho sonhado.

E se você tiver um minuto, por que não falamos sobre isso num lugar que só nós conhecemos?
Isso poderia ser o final de tudo.
Então por que não vamos para algum lugar que só nós conhecemos?

Feliz 2009


A gente se planeja tanto a todo tempo para logo em seguida quebrar uma essa linha constante onde tudo estava pré-determinado.

Assim é a vida daqueles que tentam ter controle sobre o que lhes está à volta.

Esquecemos de contar com as maravilhas. As coisas que são...de lá.

O imprevisto é um sopro de ânimo, uma força que te empurra para lugares que você não queria ir, não sabia se existia e o que poderia fazer se estivesse ou fosse pra lá.

Tempo e vou levando.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Californication


Acabei de tomar uma overdose do seriado da Showtime.

"Californication" teve uma primeira temporada concluída há pouco e já tem uma segunda engatilhada.

Baixei todos os 12 episódios em algumas horas e passei o resto do dia vendo. Fiquei um pouco tonto pelo excesso, ainda mais que vi tudo acelerando (um episódio de 27 minutos passa pra 14).

É bom ver um ator (com cara de morno e de cachorro perdido) como o David Duchovny (o Fox Mulder, do "Arquivo X") fazendo algo diferente: aqui ele é Hank Moody, um escritor junkie, mulherengo e tarado, de relativo sucesso, que há pouco teve um livro seu adaptado para o cinema, mas que desde que se separou de seu amor, com quem tem uma filha, nunca mais escreveu nada relevante. E continua apaixonado por sua musa, Karen Van Der Beek (a linda com olho de peixe morto Natascha McElhone) que está prestes a se casar com outro.

A série tem um ritmo leve, muitas cenas de sexo bacanas, escatologia e palavrões aos montes, já que o personagem de David é um pervertido, mas nada que espante. No segundo episódio já estava me sentindo em casa.

Sempre gosto dos personagens secundários que roubam a cena. A melhor deste é a personagem da esposa de Charlie (Evan Handler), o agente de Hank: a espertíssima Marcie (pela ótima Pamela Adlon).

Fica a dica.

Só não vejam 12 episódios seguidos diante do computador. Isso cega.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Passada


Eu vou abrir as portas com mãos fortes e veia pulsando nas têmporas.
E o suor que escorrer há de lavar e ser lavado de minhas roupas.
Manchas aparecerão, para me lembrar que nada é imune, nada está impune, nada é senão.
Há a fortaleza, com seus muros cercando você.
Há você me impedindo de chegar mais próximo.
Eu vou usar o vento a meu favor.

Eu quero me mover entre areias e lamas e arrasatar meus pés com a dificuldade de quem não quer se despedir.
Vou quebrar meus ossos e atravessar minha pele.
Vou sangrar com o cuidado de não deixar rastros.

Meu rosto se rasga e eu te mostro minha alma.
Meu corpo queima e se desfaz enquanto nado no ar sem tempo de chegar ao chão.
E vai ser tão doloroso e feliz.
O vento bagunçando, balançando, me espalhando, me semeando, me matando, me nascendo.
Corro em vôos sobre campos que nunca viu, me forço a aceitar.
Sinto que não é preciso tanta força para sentir.
Vou me perdendo com abundância e regozijo.
E vou dar passos encorpados e pesados.
Quero deixar marcas em pisadas, em viradas, em solavancos, em fricção.
Há a força do movimento não me deixando esquecer do que fui.
Meu cheiro vai ser real.
Meu som há de cantar com força pelo ar que você não espera.
E serei eu aí.

The pills won't help you now - by Chemical Brothers (with Midlake)

(As pilulas não vão te ajudar agora)
Pensando em onde estaríamos indo, maneiras de ir por cima do campo e juntar todas as outras almas vivas.
Mas você nunca veio...
Roubado de sua fortuna, você começa os desapontamentos em sua vida. Você está provavelmente com o corpo envenenado.
Eu espero que você seja todo certo
Em um momento de medo você escava seus saltos
As pílulas não vão te ajudar agora, uma vez que você está chorando

sexta-feira, 18 de julho de 2008

The Dark Knight

Sabe filme do ano? Então, taí.
Emocionante, cruel, assustador, tenso, contundente e belíssimo.
Filme de gente grande.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Batman


Confesso.
Sou nerd.
Mas, nem tanto.
Um pouco menos que o considerado "NERD" pelos outros.

Nerd, na minha infância era o garotinho inteligente da escola, que tinha poucos amigos, bem estereotipado, que usava óculos, tinha poucos amigos (outros nerds como ele), não pegava mulher, era preterido pelos colegas de classe e muito querido pelos professores, que sabiam coroá-lo, geralmente, com notas altíssimas e exposição humilhante aos alunos medíocres que não estavam nem aí - preferiam pegar mulher.

O nerd não fazia educação física. Não praticava esportes. Não jogava bola. Talvez até levasse merenda, de casa. E, nas horas vagas, lia revistinha. Em quadrinhos. Gibis. De super-heróis.

Hoje o nerd mudou. Na verdade, o nerd cresceu. Continua sendo o mesmo, muito inteligente, "pratica" informática melhor que qualquer outro pega mulher, é viciado em séries de tevê (e filmes e desenhos sobre personagens que adorava na infância). O nerd de hoje expandiu seu domínio além de séries e filmes (contemporâneos e do passado, já que com as facilidade de se baixar nostalgia pela internet, é possível voltar no tempo): ele coleciona tudo o que pode desta séries (dvds, brinquedos, trilhas sonoras, o diabo) e têm blogs, onde falam sobre isso.

O nerd sempre foi feliz, apesar de viver à margem de uma sociedade sarada, pegadora e que nunca deu a mínima para o mundo delicioso em que esses caras estranhos estavam metidos.

Pois bem.

Eu nunca fui um nerd na concepção estrita acima digitada. Ok,ok. Também nunca fui um pegador.

Lembro que uma vez todos meus amigos foram para uma excursão para uma praia deserta e eu preferi guardar meu dinheirinho economizado para comprar um álbum de figurinhas. Ou uma revista do Batman.

Lembro também que outros amigos foram passar férias também numa cidade praiana e, como não fui convidado (eu também não jogava futebol...) mergulhei num releitura de gibis clássicos que já formavam minha vasta coleção. "Batman - O Cavaleiro das Trevas", do Frank Miller, encabeçou minha leitura veraneia. Era a quinta vez que lia...

Desde que as histórias em quadrinhos deixaram de ser coisa infantil (ué? Você não sabia?), fala-se e explora-se muito os famosos super-heróis que você hoje vê em embalagens de cereais, sabão e pó e até refrigerantes. Não há limites para o mundo dos heróis. Ou para o marketing por trás dessas marcas, verdadeiros símbolos do mundo pop atual, onde, quando você encontra um morcego e diz, "Olha o Batman!", corre o risco de ter de pagar por direitos autorais à Warner e DC Comics, "donas" de alguns personagens como o Homem Morcego, empresas que são coordenadas por aqueles nerds ignorados lá do primeiro parágrafo...

Pois na minha época não era assim, não. Ou se era, e não via, não me atingia. Afinal eu queria era ler histórias e histórias. E li muitas. Talvez, as melhores da minha vida. Ninguém me contou. Eu ia lá, lia e viajava com o que os desenhistas e roteiristas faziam com aqueles personagens.

O que eu buscava, lendo obras como "A piada mortal" e "Watchmen", do Allan Moore e a já citada "O Cavaleiro das Trevas", entre muitas outras, era aventura. Encontrava isso e muito mais.

Escapismo?

Sim.

Mas o que encontrava, era algo muito maior que você só vai saber se ler. Isso se você tiver a mente aberta de uma criança de 10 anos e souber apreciar bobagens como honradez, respeito à vida humana, respeito ao outro, gentileza...heroísmos. Mas, acho difícil você saber o que é isso nos dias atuais. Isso é coisa de criança.
O mundo de hoje não permite histórias infantis. É chato, mal, sério, cinza, violento, egoísta, dominado por nerds malvados - que não pegam mulher e descontam nos outros - e nerds que só pensam em ganhar sobre você. Continua vivendo da aparência sarada - forte, mas frágil e triste.
Não sei se há espaço para heróis.


Esse post era para ser sobre o Batman. E no fundo é. Basta olha por aí e ver o quanto precisamos de Batmen nessa Gotham City global e maluca que o mundo virou.



(encontrado colado na porta da geladeira)

Poizé...nem escrevi o terceiro capítulo da história que publico aqui há duas segundas-feiras. Mas, prometo que assim que tiver um tempo livre, atualizo e publico. Até porque...faz parte de algo muito, muuuuito maior. Pelo menos pretendo que seja.


Tô na maior correria por causa da peça que voltou.E o mais bacana é que aconteceu o que esperávamos: a peça, no novo local, ficou ainda melhor: mais próxima do público, mais íntima do espectador, mas ainda forte, tensa e muito bonita. O espaço é bem diferente do anterior, mas também muito mais charmoso. Aprovado. Fica aqui a dica:

QUATRO PESSOAS - Inspirado no romance de Mario de Andrade

Direção de Alexandre Mello. Com o grupo Ateliê Usina

Até 27 de julho

Quarta a sábado às 21h - Domingo às 20h

Local: Baixo Santa do Alto Glória R. Hermenegildo de Barros, 73 - Glória (primeira à direita subindo pela Rua Cândido Mendes)

Quê mais?

?

?

Ah! Amanhã ninguém me ligue das 13h às 17h. Provavelmente vou estar em estado de choque com o novo filme do Batman (post especial, a seguir). Ingresso já comprado, marca-passo renovado, companhia mais que perfeita...filme do ano? Vamos ver...

Disco bacana que tô ouvindo agora:

Aliás, vou resolver umas coisas na rua e depois vou colocar ordem na casa: tô devendo posts mais pop sobre músicas e filmes e livros (que amo tudo). Vou tentar me organizar. Talvez crie um outro blog só para isso...se bem que posso ter uma coluna para estas coisas...Tempo para pensar.

Bom, daqui a pouco volto.

Esquenta o leite enquanto isso, que fui buscar o pão.

domingo, 13 de julho de 2008

Departamento Pessoal

Copiou?
Baixou?
Olhou?
E então?
E aí?
É?
Gostou?
Disponibilizou?
Comentou?
Enviou?
Confirmou?
Foi?
Chegou?
E então?
É?
Mas e aí?
Achou?
Mandou?
Demorou?
Cancelou?
Escutou?
Reenviou?
Xerocou?
Extraviou?
Notificou?
Transferiu?
Demitiu?
Brincou?
Ameaçou?
Queixou?
Trabalhou?
Assinou?
Deixou?
Atrasou?
Colou?
Alô?
Dormiu?
Descansou?
Tentou?
Tomou?
Sonhou?
Sonhou?
Sonhou?

Viva la vida!

Aí acusaram-no de ser feliz...

Mas, cara, você tem que ir mais fundo. Você fica muita na superfície. Logo, você é superficial. Quando é que você explode? E quando isso acontece, como é?

Mas, eu não sou de explodir. Por opção, eu prefiro não brigar com ninguém. Escolhi, depois de muito tempo, que não vim nessa vida pra perder tempo com dicussões tolas. Rola um desgaste desnecessário que não leva à resolução da questão. Prefiro ser racional e conversar sobre e tentar encontrar uma solução.

Tá. Mas...como é que você se encontra com você mesmo? Diante dos seus medos...como é que você faz quando se sente só, sem ninguém mesmo... digamos que todo mundo que você conhece sumiu, morreu, não existe mais, você tá sozinho no mundo...não tem ninguém nem nada que te faça feliz...quando você tá puto com alguma coisa, com um problemão, como é que você extravasa? Como é que você resolve isso? Você nunca fica triste? Porque é essa a impressão que dá. Ou que você mascara isso e prefere não demonstrar o que te incomoda.

Na hora ele lembrou do nome de uma música de uma cantora de axé que ele não suportava - o ritmo e a cantora - que tinha acabado de ser lançada - a música e a cantora - e tocava em rádio e televisão.

Olha, eu fico puto, fico triste, explodo de vez em quando, quando tô sozinho choro e olha que sou dramático pra caramba...mas pra quê que vou demonstrar isso para os outros? É necessário - NECESSÁRIO! - ficar trazendo problemas que ninguém pode resolver, para uma roda de pessoas que não podem fazer nada? Às vezes o problema já foi resolvido, às vezes você não quer dividir, simplesmente, por opção. Eu escolhi não levar os problemas tão a sério. Ou vai ver eles - os meus problemas - não sejam tão sérios. Vai ver os de você também. É uma questão de dar peso demais ao que não precisa. Vai ficar sofrendo por algo que já passou, deixou marcas, mas passou? Tem uma música que o Lenine canta que ele diz"...nunca se leve tão a sério..." que eu acho muito boa. Eu escolho não sofrer.

E aí você usa essa máscara.

E quem não usa? Eu tenho que ser verdadeiro para com os meus. A gente vive em sociedade e você não venha me dizer que é verdadeira cem por cento do tempo. E ninguém é. E não tô julgando. Somos assim.E essa é minha escolha. Roupa suja se lava em casa. A minha eu lavo, enxágüo, estendo, ouço uma música...e no dia seguinte já tô de pé. Com cicatrizes, mas vivo.

Quando se deram conta já tinham passado no ponto onde teriam que descer. Mesmo assim, puxaram a cordinha.

Eu só acho que quando eu tenho que enfrentar meus demônios eu busco me olhar, me perceber, tentar ver onde errei e até onde afeto aqueles que me cercam. Sei que não sou melhor que ninguém...e também não sou esse cara super seguro, não.

Não. Você é um ET! Me ensina essa passividade, esse controle, esse...esse medo de se envolver demais nas coisas..

Talvez seja um desapego meu. Esse distanciamento todo...Eu berro, eu grito, eu fico triste, tenho vontade às vezes de me matar, mas busco sempre um final feliz com as minhas questões. Eu me tento me aceitar e não errar com os outros. Mas continuo errando. Taí a graça da vida. Mas, não vou levar nada tão a sério...vai ver é só desapego mesmo.

O telefone dela tinha recebido uma mensagem e ela nem tinha ouvido durante o trajeto.

Pop


Tô sentindo falta de fazer fofoca e de falar de mim mesmo sem floreios
Acho que quero comentar sobre a nova música nova (dê nomes)
sem pontos ou maiúsculas para parecer organizado

Quero devorar todos os filmes do mundo
E ouvir todas as músicas do mundo
E ler todos os livros do mundo
E consumir todas as revistas com capas bonitas do mundo (clap, clap, clap)

Brincar de ser um idiota
ou ser um idiota que não se preocupa com nada por algum tempo
Não quero fazer poesia (não sei se sei, nem sei se é poesia)
Não sei fazer poesia. Não sei fazer poesia.


Quero ir ao banheiro, mas primeiro quero colocar isso aqui a limpo.

Vou esquentar quando tomar um café.
Digressiono, digressiono.
Vou limpar tudo quando tomar um banho gostoso
E vou ao cinema (tudo acontece, tudo muda e eu sempre acabo num cinema)

Vou gostar de um novo disco e vou recomendá-lo para os amigos (é do Coldplay que você está falando???Confessa!)
E vou, insistentemente, defender meus pontos positivos em relação a qualquer obra audiovisual
(tudo isso para quê? Só porque você quer falar sobre algumas coisas bacanas que estão acontecendo no mundo pop? Vai lá! Próximo post. Coragem!)

Um mergulho nas coisas gozantes da vida
da Coca Zero à novela das oito que começa às nove
Sem medo de ser feliz, óbvio, humano, tolo, igual, modista, simples, sem complicações
popular, popularesco, do povão, do mercadão, de Madureira

Pop pop pop
Só isso
Rápido (e rasteiro)
Água mole (em pedra dura tanto bate até? Que fura, meu amigo!)

Eu quero OUVIR todo mundo PULANDO
Sem medo (de ser feliz!)

(no três)

Tudo o que importa num domingo



As melhores coisas da vida passam por você e você nem percebe isso. Percebe? Ah, tá...

Vai me dizer que você abriu os olhos hoje e pensou que é muito bom estar quentinho nessa manhã de inverno, onde um céu claro, sem nuvens, com um sol que insiste em brilhar, realça as cores dos matinhos que dividem os paralelepípedos ou o pêlo imundo do cachorro vira-latas que dorme de barriga pra cima na calçada, em meio a meninos que jogam futebol, sem se importar com a hora do almoço, que a Dona Rosa fez (um franguinho no forno que exala um cheirinho de infância guardada há tempos), enquanto acompanha pelo rádio um chorinho pós-moderno, cantando notas altíssimas e agudas o suficiente para deixar o filho menino-moleque-homem-criança-caçula todo orgulhoso e emocionado, fazendo-o lembar que graças a ela, ele sabe apreciar, a olhos nus, o que a vida diária tenta ofuscar e tirar o brilho com contas no vermelho e aborrecimentos cinzas que tentam ofuscar um algo muito maior - é só prestar atenção - mas que a sensibilidade e a delicadeza e a doçura e as delícias de se/quando perceber que você é mais forte e resistente e persistente e burro o suficiente para não desistir é graças àquilo que não se valoriza porque está à mão: é o amigo tão próximo do coração que te re-ensina no mais simples ato cotidiano não sentido, não percebido, sem querer, numa simples e imprevista frase otimista que não combina com o seu jeito honesto, rude, sincero e engraçado de se manifestar carinhosamente ("Calma, seu merda!"); é o amor daqueles que estão ao seu lado e vão estar para sempre porque o sempre é o resultado e a lembrança desse cotidiano que você não percebeu enquanto tomava aquela xícara de café servida por um irmão, que você, no seu mais profundo egoísmo, não percebeu que era uma xícara transbordando de amor e preocupação que você não pediu, mas tem e agora se torna responsável por isso também, te forçando a sair desse trono imaginário frio distante que só te afasta; é o mais-que-amor daqueles que estão ao seu lado, e sempre estiveram em olhares, abraços e beijos acreditando em você mais que você mesmo - e mesmo assim você não percebe ou se faz de desentendido porque amanhã vai ter que se preocupar em manter esse amor de uma forma prática, trabalhando para sustentar isso como se fosse necessário mais do que algumas palavras de rotina mesmo, como bom dia, obrigado por tudo, eu te devo uma e eu te amo e por isso estou vivo.

E tudo isso acaba num piscar de olhos inesperado se voc

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Tá on?

Ontem encontrei um amigo que há muito não via ou falava.
Na verdade não o encontrei: falei com ele por "meio eletrônico".
Na verdade, pensando bem, não "falei" com ele. Eu digitei, teclei e troquei algumas palavras com ele.
Pensando melhor ainda, foi uma troca muito da injusta, já que escrevi para ele mais que ele para mim, por horas e horas e, resultado, não matei a saudade dele.
No fim ainda nos prometemos tocar nossos projetos musicais e nos encontrar para beber e colocar o papo em dia, um dia, quem sabe.
Mas eu já não estava ali, colocando o papo em dia?! Ou bem melhor ainda, eu já não estava não ali, mas aqui, em casa, atrás deste teclado - que uso agora para falar...teclar...digitar estas palavras - e ele na casa dele, ou talvez num cyber café (lan house é muito pra mim) se esforçando para dar continuidade àquela conversa. Conversa? Pára tudo!
Só faltou comprarmos num mercado virtual uma cerveja virtual e, virtualmente, beber para ficarmos bêbados. Virtualmente.
Ok.
E qual é a graça disso?
E quem é que ia limpar meu vômito virtual se ele não seria real? "Moço me dá um engov virtual. Quanto é? Um real virtual?
E como eu iria ficar zonzo, altinho, feliz, amando meus melhores amigos, trocando aquela cumplicidade que só os bêbados são capazes de criar em apenas alguns minutos de bebedeira?
Virtualmene, claro!
Sem abraços chorados, suados e sem constrangimentos. Olha que maravilha! A ressaca moral seria substituída pela ressaca virtual.
"Digitei alguma coisa que te envergonhou ontem? Não dei nenhum vexame virtual, não? Não te mandei nehum vírus? Não coloquei você em espera? Não publiquei nehuma foto comprometedora? Não adicionei gente esquisita no meu seleto grupo de amigos virtuais, não? Meu sistema não caiu?"
Se bem que, pensando muitíssimo bem, isso é possível numa Second life da vida...
Como sou antiquado!
Esse mundo é muito on-line pro meu gosto...mas é bem melhor!
Saudade agora, só virtual!
Não sofro mais fisicamente. Não há necessidade. Tudo está ao meu alcance - ou da capacidade de conexão da minha internet banda larga.
Não corro risco de perder minha carteira de motorista por dirigir bêbado, nem de ser metralhado por policiais/bandidos que iriam me confundir com bandido/policial.
Não corro risco de morrer de aids ou pegar uma outra doença infecto-contagiosa por contato com gente real! Não preciso mais sair de casa! Meus amigos estão todos por aqui!
É legal esse mundo virtual.
Pensando bem, nem tenho saudade de sentir saudade real.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Muse - ou primeiro post de artista

time is running out

dia 30 de julho de 2008. Tô lá.

Não tenho medo da morte - do Gilberto Gil

não tenho medo da morte mas sim medo de morrer
qual seria a diferença você há de perguntar
é que a morte já é depois que eu deixar de respirar
morrer ainda é aqui na vida, no sol, no ar
ainda pode haver dor ou vontade de mijar
a morte já é depois já não haverá ninguém como eu aqui agora
pensando sobre o além
já não haverá o além o além já será então
não terei pé nem cabeça nem figado, nem pulmão
como poderei ter medose não terei coração?
não tenho medo da morte
mas medo de morrer, sim
a morte é depois de mim
mas quem vai morrer sou eu
o derradeiro ato meu
e eu terei de estar presente assim como um presidente dando posse ao sucessor
terei que morrer vivendo sabendo que já me vou
então nesse instante sim
sofrerei quem sabe um choque um piripaque, ou um baque um calafrio ou um toque
coisas naturais da vida como comer, caminhar
morrer de morte matada morrer de morte morrida
quem sabe eu sinta saudade como em qualquer despedida.

Mas uma raiva serve pra quê?

De acordo com o Wikipédia:
Raiva
É uma doença causada por um vírus da família rhabdoviridae, gênero Lyssavirus. O agente causador da raiva pode infectar qualquer animal de sangue quente, porém só irá desencadear a doença em mamíferos, como por exemplo cachorros, gatos, ruminantes e primatas (como o homem).


Sintomas (de acordo com o Wikipédia)
Na fase inicial há apenas dor ou comichão no local da mordidela, náuseas, vômitos e mal estar moderado ("mau humor")....Outros sintomas são episódios de hostilidade violenta (raiva)... A morte segue-se na maioria dos casos após cerca de quatro dias. Numa minoria de casos, após esses quatro dias surge antes uma terceira fase de sintomas, com paralisia muscular, asfixia e morte mais arrastada. A morte é certa em 100% dos casos. Não há sobreviventes da doença.


De acordo com o Wikipédia:
Raiva (sentimento)
É um sentimento de protesto, insegurança, timidez ou frustração, contra alguém ou alguma coisa, que se exterioriza quando o ego sente-se ferido ou ameaçado. A intensidade da raiva, ou a sua ausência, difere entre as pessoas.


Consequências (de acordo com o Wikipédia)
A raiva é como uma doença que vai corroendo de dentro para fora, e que causa diversos prejuízos físicos, mentais e espirituais para o próprio enfermo e para as pessoas que a este acompanham.
Como conseqüências da raiva podemos ter:
A
violência verbal.
A violência física.
O
Ódio, que consiste numa ênfase de raiva, que geralmente dura mais tempo e acompanha um desejo contínuo de mal a alguém.
O comportamento agressivo, que se dá quando o indivíduo assume uma postura contínua de mau
humor e raiva, pode ter sua origem em pequenas frustrações que no decorrer da vida se acumulam, e que não foram superadas através de diálogos compreensivos e do perdão ao próximo e a si mesmo.
O
perdão consiste em desistir de qualquer ressentimento quando se é, de alguma forma, prejudicado. Por isso existe quem considera o ato de perdoar como uma possível "cura" para a Raiva.


De acordo com o Wikipédia, eu lembrei de você, amigo.

De acordo com o Wikipédia, eu lembrei de você, amor.

De acordo com o Wikipédia, eu lembrei de mim mesmo.

E não estou de acordo com algumas coisas, de acordo com o Wikipédia.

O segundo primeiro - Na hora certa

A espera. A angústia. A demora. A ansiedade. Tudo era motivo para ela não estar se sentindo bem.

Se tudo tivesse dado certo, como haviam combinado, a esta hora ela já teria tido alguma notícia dele. Talvez nem estivessem mais por aquelas bandas. Mas até aquela hora, nada. Nem sequer um vizinho ou um amigo que adora ser o portador de uma má notícia, como se isso fosse uma arma pronta para ser disparada, aparecera e trouxera novidade boa ou má.
Ele tinha saído horas antes, mal o dia nascera, com a promessa de que daria tudo certo - como se se pudesse prever um resultado para aquilo; como se ele pudesse prever o final daquilo e mesmo se conseguisse, como poderia avaliara se era bom ou não.
Engraçado como as pessoas têm mania de dizer que tudo vai dar certo para acalmar a quem não quer calma, para apaziguar um coração angustiado...Dizem que isso é solidariedade, amizade, compaixão, amor, afeto, carinho...sei não...acho que é medo de não ser forte o suficiente para aguentar contratempos inesperados ou situações fora do controle do outro ou dele mesmo. Dá vontade de perguntar como é que você sabe que vai dar tudo certo? Temos chances de dar tudo errado. E aí? Guarde suas previsões para você, suas compaixões! Não tenha pena de mim. Ou então, pelo menos vamos esperar para ver o que o"destino" nos reserva: se uma sacanagem gigantesca ou o que eu espero que aconteça! Droga eu não devia estar tão nervosa! Preciso me acalmar, preciso tomar um café, tá frio, pra esquentar, vai dar tudo certo. Vai dar tudo certo.
Ela foi até a cozinha.

E se desse errado?
E se desse tudo errado?

Cadê o pó de café que eu não acho!

E se fossem até ela para colher algum tipo de informação que fosse prejudicial a ele. Nada poderia acusá-la. Ela sabia pouco. Mas sabia.


E se ele não chegasse a tempo.

Eu vou lá, vou estar na hora certa. Nenhum minuto a mais, nehum minuto a menos. Horário de Brasília. Acertei o relógio, até. Um zero três. Eles vão ter que me ouvir. Tenho tudo o que eles precisam, mas só vou dar se eles fizerem o que eu pedi.

Ele nunca era tão decidido assim. A não ser quando encasquetava com alguma coisa na qual acreditava muito. Já tinha feito muito por muito pouco em outras situações. Me perguntava se eu o achava persistente ou se apenas um burro mesmo, a ponto de ficar dando murro em ponta de faca - adoro essa expressão. Porque se fosse burro, que Deus o Diabo ou o Destino mostrassem de uma forma bem objetiva isso a ele: arrancando-lhe as pernas num acidente a caminho do que estava querendo fazer; que ficasse cego ou tetraplégico, porque só assim desistiria daquilo. Engraçado ele pensar nessas punições físicas como um limite extremado...só assim para poder desistir sem arrepedimentos. Ele é assim, meio dramático mesmo.

Se ainda tô aqui, é pra não desistir. Vou até o fim.


A água começou a ferver.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Cada qual com seu manto

Porque eu não vou pagar para assistir a um filme desses no cinema!!!
Porque você é muito maluco mesmo pra gostar de uma coisa dessas. Ai, ai...só você mesmo.
Porque não dá pra ver isso! Isso, não!!!!
Porque esse tipo de cinema não me pega. Muito raso...
Porque eu vi um filme de 20 a 40 minutos baseado num passatempo anti-stress nipônico - feito por atores (ou lavradores) arando a terra.
Porque eu cochilei vendo isto.
Porque eu paguei por isso!!!!
Porque é apenas escapismo.
Porque é por isso mesmo que é bom.
Porque eu nasci assim eu cresci assim serei sempre assim.
Porque eu também vejo filmes considerados chatos.
Porque eu gosto deles também.
Porque uma coisa não exclui a outra.
Porque o novo filme do Batman tá vindo aí.
Porque um ator doa sua vida para vestir um personagem.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Que time é o teu?

Faltam 30 minutos para o time ser campeão.
O juiz ainda não fez a digestão do suco de cajá que ele tomou no intervalo entre o primeiro e o segundo tempo do jogo. Era o único sabor disponível no vestiário do homem-neutro.
O goleiro do time que estava de camisa vermelha e shorts azuis pensa que a palavra shorts deveria ter uma tradução em português: por quê não se fala chorte? Esquecendo completamente que esta vestimenta também tem o nome de calção.
O torcedor da excursão, lembrou do corte feito no dedo anelar, da mão direita, enquanto batucava e socava o teto do ônibus que o levara até o estádio, assim que resolveu roer uma unha de tanto nervoso.
A camisa dele estanca o sangue do dedo que cisma em jorrar ao ritmo do grito musicado que a torcida concentrada (que veio sentada a partir dos bancos 19-20 até o fim do ônibus) se empenha em lembrar afinada.
A Jussara troca de canal a televisão do quarto da cunhada, Cilene, onde há pouco terminou a novela da qual é fã porque a cunhada é torcedora fanática do time de camisa preta e calção amarelo.
A bola furou com o chute que o camisa 7 deu antes de sofrer um rompimento nos ligamentos do joelho esquerdo, quando ia entrar na área para - sem querer - dar um bico na cabeça do goleiro.
Ele não sabe que a bola ia para fora neste mesmo lance.
Uma nuvem cisma em se juntar a outras e parte em direção ao estádio lotado bem na hora em que o juiz pede para ser substituído pois, realmente, o suco não desceu bem.
O irmão do Paulo, da farmácia da Avenida Pasteur, não percebe que um pacote de antiácido está fora da validade entre todos os 36 (18 cartelas om 2) que vendeu para a equipe médica que cuida da farmacinha do estádio.
O Paulo neste momento tomba com uma bala perdida a 56 km de distância do estádio em que o segundo gol é comemorado pelo time de camisa preta e calção amarelo.
A Jussara lembra que a Cilene é muito gostosinha. Só que é chata e, por isso, rechaça o que viria a ser seu primeiro impulso homossexual. Ela prefere mesmo o marido Joelson "que é marido, mas me satisfaz".
O goleiro do time que estava de camisa vermelha e shorts azuis se culpa por ter levado mais um gol.
O juiz substituto não vê a hora do jogo acabar.
A chuva saída das nuvens começa a despencar sobre o estádio e seus torcedores.
O irmão do Paulo fecha sua farmácia e vai para casa sentado no último assento no último vagão do último metrô da noite. Ele nem percebe isso.
O juiz que tomou o suco de cajá, vai para o hospital e lá vai descobrir que não foi o suco que bebera o causador da úlcera gástrica que acaba de chegar a seu ápice mas, sim, o antiácido fora da validade que ele não sabe "como alguém não percebeu aquilo, meu Deus!!!"
A camisa com sangue do torcedor de dedo cortado, já molhada, é deixada de lado por seu dono, que agora comemora a vitória de seu time.
O camisa 7 vai sair do hospital direto para aposentadoria.
Amanhã, Paulo será velado, a partir das 18 horas e Cilene vai dar uma cantada em Jussara que não estava errada a respeito da cunhada.

E vai ser um belo dia de sol.

terça-feira, 1 de julho de 2008

EunofuturO


Primeiro post confuso ou vale mais o coração


Hoje é dia de cantar aquela música do Renato Russo que a Cássia Eller imortalizou na voz de trovão que ela tinha "Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher..."...a força destes versos sempre me deu um ânimo, um gás..."Não penso em me vingar não, não sou assim...não basta o compromisso, vale mais o coração"...quanto vale um coração. Quanto vale você ser mais emocional e nada racional?

?

?

?

?

Ok. Esta não é a grande questão do universo, mas vira e mexe volto a ela. Um cara que tem tudo que o mundo capitalista espera dele (carreira, grana, bom emprego) joga este tudo no lixo para investir num sonho. Ok. Pra mim ele fez certo.

O problema é quando este dilema volta a aparecer em pequenas outras questões do cotidiano. Liga ou deixa pra lá; manda um e-mail ou finge que esqueceu. Não fazer é tão mais fácil. E fazer às vezes só piora...

Dá raiva, né?


Ter que decidir de novo? Pô! Até quando? Até sempre, mané. Não aprendeu ainda?

A vida é muito sacana mas......"Não penso em me vingar não, não sou assim..."

Acho que ainda vale mais o coração. Mas, tá foda de segurar.

Mas, prometo dormir e amanhã amenizar a questão - ó ela aí de novo.

Depois continuo.

Sabe silêncio? Então...


Eu já estava desconfiado que seria um filmaço desde que li a sinopse há um ano atrás.
Quando começaram a surgir as imagens do filme e da divulgação, bem como o trailer, tive a quase-confirmação (na verdade não tinha digerido muito bem as últimas animações da Pixar; confesso que acho "Carros" meio fraco e "Ratatouille" meio distante da beleza-lúdica-sagaz que os filmes do estúdio têm): "WALL.E" é estupendo. Tão bom quanto "Procurando Nemo" e mais encantador que "Os incríveis".
Ok, peguei pesado.
Mas é que este último é um filme de ação. E "WALL.E" é um filme romântico e de romance. E de solidão. E de reflexão. E tem ação. É um filmão.
De cara, nota 11 (para muito poucos).

O que me interessa (do Lenine, mas não sei se autoria é dele)


Daqui desse momento Do meu olhar pra fora O mundo é só miragem
A sombra do futuro A sobra do passado A sombra é uma paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado Eu quero estar cercado só de quem me interessa
Às vezes é um instante A tarde faz silêncio O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade De um tempo que ainda não passou
Por trás do seu sossego, atraso o meu relógio Acalmo a minha pressa
Me dá sua palavra Sussure em meu ouvido Só o que me interessa
A lógica do vento O caos do pensamento A paz na solidão
A órbita do tempo A pausa do retrato A voz da intuição
A curva do universo A fórmula do acaso O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa

segunda-feira, 30 de junho de 2008

O primeiro


teste experimentação excitação bobagem...

criação filho criança posto exposto

nascimento exibição exibidinho pra quê?

necessidade mais um pense bem... nem pense

nem vem meu bem não tem porquê

Ex-trutura


pedra

pode ser gelo
pode ser grande
pode ser pesada
pode ser cinza
pode se esfarelar
pode servir
pode ser

pode derreter
pode quebrar
pode esmagar
pode ser cego
pode ser de aço
pode acertar
pó descer

pode ser outra coisa
pode fazer
pode entender
pode verter
pode limpar
pode poder
pode não

O segundo primeiro

Ele me disse que ia chegar às 8h. Mas ele não foi. Ligaram pra ele, tentaram encontrá-lo. Mas ele, nem sequer...
Aí, bateu o desespero. O cara queria porque queria e quando consegue não aparece. O que teria acontecido a ele? Eu não sei. Só sei que falaram muita beteira.

É muito desleixo! Falta de respeito.
De responsabilidade! Tanto esforço...pra quê?
Eu fico com pena é da mãe!

Gente, a gente não sabe o que aconteceu com ele.

E não sabiam mesmo. Ele tinha feito todos os contatos para aquele dia. Para ele era muito esperado. Chegou a...nem te digo...chegou a...fazer o que não devia para marcar aquele encontro. Se não conseguisse marcar às 8h, daquela segunda-feira...sei lá do que seria capaz de fazer.
Ligou para todos que poderiam dar alguma dica para conseguir o que queria. E agradeceu. E ficou grato. E ficou emocionado com aquele grande passo que daria. O que seria dele sem aqueles.
E apesar do que apontam agora, era um homem responsável para com suas responsabilidades.
Sempre tentava resolver o que causava de problema aos outros. Parecia que não podia controlar - e acho que não podia mesmo. Sempre que passava por algum lugar, algo o fazia deixar sua nem sempre sadia assinatura.

Um dia, soube que ele...não sei se devo contar...melhor não. Aí vai ser pior e as pessoas vão começar a fazer uma imagem piorada dele. Ainda mais agora que ele não apareceu e nem deu nehum sinal de que vai aparecer.
Era certa a presença dele. Não podia faltar àquele encontro.