domingo, 13 de julho de 2008

Viva la vida!

Aí acusaram-no de ser feliz...

Mas, cara, você tem que ir mais fundo. Você fica muita na superfície. Logo, você é superficial. Quando é que você explode? E quando isso acontece, como é?

Mas, eu não sou de explodir. Por opção, eu prefiro não brigar com ninguém. Escolhi, depois de muito tempo, que não vim nessa vida pra perder tempo com dicussões tolas. Rola um desgaste desnecessário que não leva à resolução da questão. Prefiro ser racional e conversar sobre e tentar encontrar uma solução.

Tá. Mas...como é que você se encontra com você mesmo? Diante dos seus medos...como é que você faz quando se sente só, sem ninguém mesmo... digamos que todo mundo que você conhece sumiu, morreu, não existe mais, você tá sozinho no mundo...não tem ninguém nem nada que te faça feliz...quando você tá puto com alguma coisa, com um problemão, como é que você extravasa? Como é que você resolve isso? Você nunca fica triste? Porque é essa a impressão que dá. Ou que você mascara isso e prefere não demonstrar o que te incomoda.

Na hora ele lembrou do nome de uma música de uma cantora de axé que ele não suportava - o ritmo e a cantora - que tinha acabado de ser lançada - a música e a cantora - e tocava em rádio e televisão.

Olha, eu fico puto, fico triste, explodo de vez em quando, quando tô sozinho choro e olha que sou dramático pra caramba...mas pra quê que vou demonstrar isso para os outros? É necessário - NECESSÁRIO! - ficar trazendo problemas que ninguém pode resolver, para uma roda de pessoas que não podem fazer nada? Às vezes o problema já foi resolvido, às vezes você não quer dividir, simplesmente, por opção. Eu escolhi não levar os problemas tão a sério. Ou vai ver eles - os meus problemas - não sejam tão sérios. Vai ver os de você também. É uma questão de dar peso demais ao que não precisa. Vai ficar sofrendo por algo que já passou, deixou marcas, mas passou? Tem uma música que o Lenine canta que ele diz"...nunca se leve tão a sério..." que eu acho muito boa. Eu escolho não sofrer.

E aí você usa essa máscara.

E quem não usa? Eu tenho que ser verdadeiro para com os meus. A gente vive em sociedade e você não venha me dizer que é verdadeira cem por cento do tempo. E ninguém é. E não tô julgando. Somos assim.E essa é minha escolha. Roupa suja se lava em casa. A minha eu lavo, enxágüo, estendo, ouço uma música...e no dia seguinte já tô de pé. Com cicatrizes, mas vivo.

Quando se deram conta já tinham passado no ponto onde teriam que descer. Mesmo assim, puxaram a cordinha.

Eu só acho que quando eu tenho que enfrentar meus demônios eu busco me olhar, me perceber, tentar ver onde errei e até onde afeto aqueles que me cercam. Sei que não sou melhor que ninguém...e também não sou esse cara super seguro, não.

Não. Você é um ET! Me ensina essa passividade, esse controle, esse...esse medo de se envolver demais nas coisas..

Talvez seja um desapego meu. Esse distanciamento todo...Eu berro, eu grito, eu fico triste, tenho vontade às vezes de me matar, mas busco sempre um final feliz com as minhas questões. Eu me tento me aceitar e não errar com os outros. Mas continuo errando. Taí a graça da vida. Mas, não vou levar nada tão a sério...vai ver é só desapego mesmo.

O telefone dela tinha recebido uma mensagem e ela nem tinha ouvido durante o trajeto.

4 comentários:

Unknown disse...

Entendo....

Anônimo disse...

Nãooooo, não o acusaram de ser feliz!!!!!

Nãaaaaooooooo!!!!!!!!!!! não é essa a impressão que dá!!!! Que esse menino não fica triste... Que ingenuidade seria um pensamento como esse. Apenas de não dar na cara que imerge de vez em quando. Porque na verdade, tudo eram perguntas. Nãaaaaaaoooooooooo, ela não disse: você tem que ir mais fundo. Ela não se atreveria a dizer o que você deve fazer.
Sim, sim, você imerge de vez em quando... só que se dá o direito de não contar pra ninguém.

NADA FOI ACUSAÇÃO, FOI SÓ PROPOSTA DE REFLEXÃO!!!!!

O telefone dela estava para vibrar. Mas ele percebeu a possibilidade do imprevisto. Logo, encarregou-se de levar pessoalmente o recado.

Deu tudo certo ao fim do trajeto - infinitas perguntas nasceram, algumas se reformularam, outras foram respondidas porém e apenas uma conclusão, não menos óbivia do que toda a entrevista, foi tirada: o ser humano é um bichinho esquisito para caralho. Eu tenho medo de mim.

Anônimo disse...

ÓBIVIA COM I. OI?

Srta. Tuppence Beresford disse...

Eu concordo.


Mas sou suspeita de falar.... :S

beijo